quarta-feira, 26 de abril de 2017

Resumo: O 25 de Abril e o regime democrático (1)

O golpe militar de 25 de Abril de 1974
As razões que levaram à revolução
·         O governo de Marcelo Caetano (1968-1974) não resolveu os problemas do país. Assim, as principais razões que levaram à revolução foram:
o   a falta de liberdade, a censura e a repressão da polícia política (PIDE/DGS);
o   o prolongar da Guerra Colonial;
o   as difíceis condições de vida que provocaram um forte aumento da emigração;
o   a proibição dos partidos políticos e a inexistência de liberdade de voto.

25 de Abril de 1974: principais episódios e protagonistas
·         Cansados de uma guerra que parecia não ter fim, um grupo de jovens militares formou o Movimento das Forças Armadas (MFA) a fim de preparar um golpe militar para derrubar o governo de Marcelo Caetano.
·         Em 25 de Abril de 1974, o MFA desencadeou um golpe militar que acabou com a ditadura do Estado Novo e instaurou um regime democrático.
·         O aviso para o início das operações foi dado através da rádio. As senhas foram duas canções: “E depois do adeus”, de Paulo de Carvalho e “Grândola, vila morena”,  de Zeca Afonso.
·         O Major Otelo Saraiva de Carvalho foi o principal responsável pela elaboração do plano das operações militares e o Capitão Salgueiro Maia comandou as tropas que cercaram o Quartel do Carmo, onde se encontrava Marcello Caetano, que, por volta das 16 horas, aceitou a rendição, marcando o fim do regime do Estado Novo.
·         Apesar dos avisos dos militares para que permanecessem em casa, as ruas foram invadidas pela população de Lisboa que, com grande entusiasmo, manifestou o seu apoio aos militares.
·         Além da forte adesão popular, esta revolução caracterizou-se por ter sido pacífica e de praticamente não terem ocorrido situações de grande violência. Ficou conhecida pela “Revolução dos Cravos”.








Resumo: Portugal nos séculos XV e XVI (1)

Portugal nos séculos XV e XVI
O Mundo conhecido no século XV
·         No início do século XV, o conhecimento que os europeus e os portugueses tinham do Mundo era muito limitado.
·         Desconhecia-se a existência da América, da Oceânia e da Antártida. Apenas se conhecia parte do Oceano Atlântico e do Índico, desconhecendo-se que estes oceanos comunicavam entre si.
·         Acreditava-se que a Terra era plana e num conjunto de mitos e lendas sobre a existência de monstros marinhos e seres fantásticos que habitavam os mares e territórios desconhecidos. O mito do Mar Tenebroso era um dos mais conhecidos.

Motivações e condições da expansão portuguesa
·         D. João I e todos os grupos sociais estavam interessados na expansão pelos seguintes motivos:
o   Para o rei era um meio de reforçar a sua autoridade, prestígio e resolver os problemas económicos de Portugal;
o   Para o clero era uma forma de expandir o Cristianismo, convertendo outros povos;
o   Para a nobreza, constituía uma possibilidade de conquistar novas terras e obter mais cargos e títulos;
o   Para a burguesia, a expansão dava a possibilidade de ter acesso a novos produtos, aumentando os seus lucros com o comércio;
o   Para o povo, era uma oportunidade para melhorar as suas condições de vida.

·         A expansão marítima portuguesa também beneficiou de um conjunto de condições favoráveis:
o   geográficas – Portugal tem uma longa costa marítima e situa-se muito próximo do continente africano;
o   históricas – Os portugueses tinham grande experiência marítima, pois muitos deles eram pescadores ou marinheiros habituados à navegação no Atlântico e no Mediterrâneo;
o   políticas – Portugal atravessava um período de paz e de estabilidade política;
o   técnicas e científicas – os portugueses sabiam utilizar instrumentos de orientação como o astrolábio e a bússola.

A conquista de Ceuta
·         A expansão portuguesa iniciou-se em 1415 com a conquista de Ceuta, no norte de África.
·         Foram vários os motivos que levaram os portugueses à conquista de Ceuta:
o   a sua localização geográfica, junto ao Estreito de Gibraltar, permitia controlar a navegação entre o Atlântico e o Mediterrâneo;
o   a existência de extensos campos de cereais em redor da cidade;
o   a Ceuta chegavam rotas comerciais com produtos do Oriente (sedas e especiarias) e do interior africano (ouro);
·         A conquista de Ceuta foi um sucesso militar, mas, rapidamente, tornou-se num fracasso económico:
o   os campos de cereais foram destruídos;
o   as rotas comerciais foram desviadas pelos muçulmanos;
o   a cidade passou a ser constantemente atacada pelos muçulmanos, o que tornou a sua defesa muito difícil e dispendiosa.
A expansão portuguesa no século XV
·         Devido ao fracasso económico da conquista de Ceuta, os portugueses deram um novo rumo à expansão: as descobertas marítimas. O Infante D. Henrique foi o grande impulsionador e quem teve a responsabilidade da organização das viagens marítimas.
·         As primeiras descobertas ocorreram no Oceano Atlântico. Em 1419, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira chegam à Madeira e, em 1427, Diogo de Silves descobre as primeiras ilhas dos Açores.
·         A passagem do Cabo Bojador por Gil Eanes, em 1434, foi muito importante, porque permitiu acabar com o mito do Mar Tenebroso e abriu caminho para a exploração da costa ocidental africana ao longo do Atlântico.
·         Em 1481, D. João II subiu ao trono e definiu um objetivo principal para a expansão marítima portuguesa: chegar à Índia por via marítima, contornando o continente africano. Para tal, tomou as seguintes medidas:
o   envio de exploradores através do continente africano (Afonso de Paiva e Pêro da Covilhã) com o objetivo de confirmar a localização da Índia e do Oceano Índico;
o   continuar as viagens marítimas para sul, explorando a costa ocidental africana.

·         Em 1488, Bartolomeu Dias conseguiu passar o Cabo das Tormentas, que passou a chamar-se Cabo da Boa Esperança por passar a haver a possibilidade de chegar à Índia por mar. Além disso, provou-se que existia ligação entre os oceanos Atlântico e Índico.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Resumo: A Guerra Colonial

A Guerra Colonial
1.     A Guerra Colonial foi um conflito armado que envolveu Portugal e os movimentos africanos que lutavam pela independência dos seus territórios.

2.     A Guerra Colonial teve início em 1961 com a anexação de Goa, Damão e Diu pela União Indiana, na Ásia. Neste mesmo ano, em Angola começou a luta armada pela independência. Em 1963, a guerra alastra à Guiné e, no ano seguinte (1964), eclode em Moçambique.

3.     Perante a exigência dos movimentos políticos das colónias africanas em obter a independência dos seus territórios, Salazar recusou totalmente negociar e chegar a um acordo. Por esta razão, eclodiu a guerra em Angola, Guiné e Moçambique.

4.     A Guerra Colonial caracterizou-se pela guerra de guerrilha, com emboscadas, ataques-surpresa, utilização de minas e ataques desencadeados por pequenos grupos.


5.     A Guerra Colonial prolongou-se de 1961 a 1974, provocando mais de oito mil mortos entre os soldados portugueses e mais de vinte mil feridos, muitos deles com deficiências profundas para toda a vida. O aumento da emigração clandestina e os enormes gastos do Estado foram, igualmente, consequências negativas deste conflito.