Há cerca de 500 mil anos, a Península Ibérica começou a ser habitada pelos primeiros grupos humanos vindos de África.
Modo de vida das primeiras comunidades
Como não conheciam a agricultura, sobreviviam com tudo o que a Natureza lhes dava. Praticavam, por isso, uma economia recoletora, caçando, pescando e recolhendo frutos e raízes para se alimentarem.
Quando os alimentos acabavam na área onde viviam, deslocavam-se para outros locais à procura de alimento, ou seja, eram nómadas.
Os primeiros instrumentos eram fabricados em pedra, osso ou madeira (bifaces, seixos quebrados, lanças).
Ao viverem em grupo, os membros destas comunidades recoletoras ajudavam-se entre si, dividindo as tarefas.
A descoberta do fogo
O domínio do fogo foi fundamental para a sobrevivência humana, pois permitiu ao Homem:
aquecer-se, afugentar os animais, cozinhar os alimentos e iluminar-se;
endurecer as pontas das lanças de madeira, melhorando os instrumentos de caça e pesca;
o convívio à volta da fogueira, contribuindo para o desenvolvimento da linguagem.
A arte rupestre
Estas comunidades pintaram e gravaram figuras de animais e cenas de caça nas paredes das grutas e nas rochas ao ar livre. Estes vestígios são hoje importantes testemunhos artísticos.
Na Península Ibérica, destacam-se as grutas de Altamira, em Espanha, e as gravuras rupestres de Foz Côa, em Portugal.
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