terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Resumo: O desenvolvimento das vias de comunicação e dos meios de transporte

A circulação de pessoas e mercadorias

  • No início do século XIX, a circulação de pessoas e de mercadorias era muito difícil. As estradas eram poucas, de fraca qualidade e o tempo gasto era muito elevado.
  • Fontes Pereira de Melo foi o ministro responsável pela aplicação de uma política de obras públicas que tinha como objetivo a modernização das vias de comunicação e dos meios de transporte, na segunda metade do século XIX. A esta política deu-se o nome de fontismo.
  • Os governos liberais investiram na construção de milhares de quilómetros de estradas, tornando mais fáceis e rápidas as viagens de diligência ou mala-posta.
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Diligência
  • Em 1856, foi inaugurado o primeiro troço de caminho de ferro e, até ao final do século XIX, foi construída uma grande extensão desta via (mais de 2000 km), que passou a ligar milhares de localidades portuguesas e as principais cidades, através da utilização de um novo meio de transporte: o comboio.
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Locomotiva a vapor
  • O comboio tornou-se no mais importante meio de transporte do século XIX, porque a circulação de pessoas e mercadorias melhorou muito. As viagens tornaram-se mais rápidas, baratas e seguras. Contribuiu para a maior mobilidade da população e para uma melhoria no transporte de mercadorias. Este novo meio de transporte teve um papel importante no desenvolvimento das atividades económicas: agricultura, indústria, extração mineira e outras.
  • Esta política fontista, de grandes investimentos em obras públicas (transportes, vias e meios de comunicação) obrigou os governos liberais a recorrer a empréstimos muito avultados ao estrangeiro, o que fez aumentar a dívida externa. Entre 1890 e 1892, Portugal sofreu uma grave crise financeira porque o Estado não tinha dinheiro suficiente para pagar este empréstimo.
Os meios de comunicação de ideias e de informações
  • Ao longo do século XIX, surgiram e desenvolveram-se novos meios de comunicação que facilitaram a circulação de ideias e informações.
  • Os serviços de correios foram melhorados: introduzem-se o selo postal e os marcos do correio.
  • Em 1857, inaugurou-se a rede de telégrafo elétrico, permitindo o envio e receção de telegramas.
  • Em 1882, entrou em funcionamento a primeira rede de telefones.
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Um dos primeiros telefones
  • Nesta época generalizou-se o hábito da leitura de jornais, como o Diário de Notícias, O Século, Jornal de Notícias e outros. 

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Resumo: A modernização da indústria


  • A utilização da máquina a vapor contribuiu para a modernização da indústria portuguesa na segunda metade do século XIX, fazendo com que a produção artesanal fosse substituída pela produção industrial.
  • Na produção artesanal, o trabalho era feito por artesãos em pequenas oficinas, que se serviam de ferramentas simples. As fontes de energia eram a água, o vento ou os músculos. Produzia-se pouco e os produtos eram todos diferentes e únicos. A produção industrial passou a ser feita nas fábricas, que empregavam grande número de operários, e estavam equipadas com máquinas que funcionavam a partir das máquinas a vapor. O carvão e o vapor eram as fontes de energia. A produção "em série" fez com que a produtividade aumentasse muito e os preços dos produtos diminuísse.
  •  A indústria portuguesa desenvolveu-se, principalmente, em redor das cidades do Porto e Lisboa. Na região do Porto, Guimarães e Braga predominavam fábricas de têxteis, vestuário e conservas. Em Lisboa, Barreiro e Setúbal instalaram-se as indústrias do tabaco, química e metalúrgica.
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Máquina a vapor

Resumo: A modernização da agricultura

·         Na 1ª metade do século XIX, Portugal era um país atrasado e empobrecido, devido às invasões francesas, à independência do Brasil e à guerra civil entre liberais e absolutistas. A agricultura e a indústria estavam muito atrasadas e não produziam o suficiente. Por isso, Portugal estava dependente do estrangeiro.
·         Para aumentar a produção agrícola, foi necessário alargar a área cultivada e modernizar a agricultura.

·         A fim de alargar a área cultivada, os governos liberais, a partir de 1850, tomaram as seguintes medidas:
o   os impostos e obrigações a que os camponeses estavam sujeitos foram abolidos;
o   foram expropriadas as terras dos nobres e das ordens religiosas e vendidas a burgueses;
o   foi extinta a “lei do morgadio”;
o   distribuíram-se os “baldios” pelos agricultores que os quisessem cultivar.

·         Mouzinho da Silveira foi o ministro liberal que se destacou na aplicação da política de modernização da agricultura na segunda metade do século XIX.

·         A agricultura portuguesa modernizou-se. Generalizou-se a utilização de alfaias e máquinas agrícolas feitas em ferro, adotaram-se técnicas de cultivo mais inovadoras e eficientes, como a seleção de sementes, o uso de adubos químicos e a alternância de culturas.

·         A modernização da agricultura fez com que a produção agrícola aumentasse. Intensificou-se o cultivo da batata, do arroz, do milho grosso e de outras plantas. A alimentação da população melhorou. Por outro lado, a utilização de máquinas na agricultura provocou maior desemprego entre os trabalhadores rurais. 
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Mouzinho da Silveira