O Programa do MFA
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Garantido
o sucesso do golpe, os oficiais do MFA entregaram o poder a uma Junta de Salvação Nacional, presidida
pelo general António de Spínola.
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O
“Programa do MFA” foi apresentado
aos portugueses na madrugada do dia 26 de Abril, nele constando as principais
medidas a tomar até ser aprovada uma nova Constituição.
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Dando
cumprimento a este programa, foram de imediato tomadas as seguintes medidas:
o
libertação
dos presos políticos e regresso dos exilados políticos;
o
extinção
da PIDE/DGS;
o
extinção
da Legião e da Mocidade Portuguesa;
o
abolição da Censura;
o
reconhecimento da liberdade de expressão;
o
início das negociações para o fim da Guerra
Colonial;
o
convocação de eleições para a Assembleia
Constituinte.
As eleições de 1975
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Em
25 de Abril de 1975, realizaram-se eleições para formar uma Assembleia
Constituinte. Ao contrário das eleições no tempo da ditadura, foram “eleições
livres”:
o
participaram
diversos partidos políticos;
o
o
ato eleitoral foi fiscalizado por todos os partidos participantes;
o
todos
os portugueses (homens e mulheres) com mais de 18 anos puderam votar.
A Constituição de 1976
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A
Constituição de 1976 foi aprovada pela maioria dos deputados e publicada em 2
de Abril de 1976.
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Alguns
dos direitos e liberdades fundamentais consagrados na Constituição de 1976 são
os seguintes:
o
liberdade
de expressão e de opinião;
o
liberdade
de reunião e de associação;
o
liberdade
sindical;
o
direito
ao trabalho;
o
direito
à educação.
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Muitos
destes direitos já tinham sido adquiridos na 1ª República e depois retirados
durante os 48 anos da ditadura. Por esta razão, a Constituição de 1976
restabeleceu a democracia em Portugal.
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O
regime democrático garante a igualdade de todos os cidadãos perante a lei,
tendo os mesmos direitos e deveres e o poder de escolher o governo do país
através do exercício do direito de voto.
A descolonização e o fim do império
português
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Uma
dos objetivos do “Programa do MFA” era resolver o problema da Guerra Colonial.
Em julho de 1974, o governo português reconheceu o direito à independência das
suas colónias.
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Como
resultado do processo de negociação, em África, nasceram cinco novos países
independentes: Guiné, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e Angola.
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A
descolonização dos territórios portugueses em África provocou o regresso em
massa de muitos portugueses (500 000), que tiveram de ultrapassar muitas
dificuldades.
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Timor-Leste,
em dezembro de 1975, foi invadido e ocupado pela Indonésia. Durante 24 anos, os
timorenses lutaram pela sua autodeterminação. Em 1999, a Indonésia acabou por
reconhecer a independência de Timor, que, em 19 de maio de 2002, tornou-se
oficialmente um país independente.
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Macau,
a partir de 1999, foi integrado na República Popular da China.
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Com o fim do império, o território português
passou a ser formado por Portugal Continental, e arquipélagos da Madeira e dos
Açores.
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