Este blogue pretende dar-te uma ajuda na aprendizagem das matérias de História e Geografia de Portugal.
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
terça-feira, 7 de novembro de 2017
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
domingo, 29 de outubro de 2017
terça-feira, 24 de outubro de 2017
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
terça-feira, 10 de outubro de 2017
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
terça-feira, 16 de maio de 2017
Resumo: Os efeitos da expansão marítima
1-As
descobertas marítimas deram origem a novas rotas oceânicas ligando a Europa a
territórios localizados em vários continentes. As rotas do Atlântico
estabeleciam a ligação entre a Europa, África e América. Além das trocas
comerciais, intensificaram-se os contactos com povos de culturas muito
diferentes, dando início à aculturação
e miscigenação.
2-Uma das
consequências da expansão marítima, foi a alteração dos hábitos alimentares dos
europeus e dos portugueses, devido ao contacto com novos produtos e à sua
introdução na Europa. Alguns desses novos produtos:
De África –
Malagueta, café, melão, melancia, batata – doce…
Da América –
Batata, feijão, tomate, milho, tabaco…
Da Ásia – Pimenta,
canela, noz-moscada, gengibre, chá…
3-Nos
territórios do império, os portugueses procuraram impor a sua cultura (língua,
religião e costumes) aos povos nativos. Muitos destes, deixaram-se influenciar
pela cultura portuguesa, convertendo-se ao cristianismo e adotando alguns
costumes portugueses (aculturação).
4-Com o
aumento dos territórios que faziam parte do império português a necessidade de
mão-de-obra para trabalhar na exploração económica desses territórios era cada
vez maior. Como em Portugal era insuficiente a população para realizar esses
trabalhos, recorreu-se aos escravos. O comércio de escravos intensificou-se a
partir do século XVI. Calcula-se que terão sido levados de África para o Brasil
cerca de quatro milhões de seres humanos para trabalhar principalmente nas minas
e na produção do açúcar em condições desumanas.
5-Nas
diversas partes do mundo que pertenceram ao império português, atualmente,
ainda existem marcas da presença portuguesa. A língua, a religião, as etnias e
o património arquitetónico constituem as heranças mais marcantes dos contactos
desenvolvidos pelos portugueses com povos dessas regiões.
A língua – em todo
o mundo, cerca de 242 milhões de pessoas falam o português;
A religião – o
Brasil é o país do mundo com maior número de cristãos; antes da chegada dos
portugueses, o cristianismo não era conhecido neste território; tal como no
Brasil, o mesmo aconteceu em África e na Ásia;
As etnias – no
Brasil e em várias regiões de África e da Ásia, as populações locais apresentam
características físicas e culturais herdadas do seu cruzamento com os
portugueses.
6-Património arquitetónico – Nos
territórios que integraram o império português existem atualmente edificações
realizadas pelos portugueses no tempo em que neles estiveram presentes. Alguns
exemplos:
África – Fortalezas de Safi e Mazagão
(Marrocos); Catedral de Santiago e Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Cabo
Verde);
Ásia – Catedral de S. Paulo (Macau);
Fortaleza de Diu (Índia);
Brasil – Sé de Olinda; Centro histórico de
Diamantina e S. Salvador da Baía.
segunda-feira, 15 de maio de 2017
Resumo: Os espaços em que Portugal se integra
A União Europeia
Resumo:
1-Os países
que integram atualmente a União Europeia são os seguintes:
2-A União
Europeia foi criada com os seguintes objetivos:
-Criação de políticas comuns de desenvolvimento económico em
todos os países membros;
-Apoio a países e regiões com dificuldades económicas e
sociais;
-Liberdade de circulação de trabalhadores e de mercadorias e
criação de uma moeda única (euro);
-Defesa da liberdade e da democracia;
-Criação de uma cidadania europeia;
-Aplicação de programas de intercâmbio de estudantes
(Erasmus).
3-As principais
instituições europeias são as seguintes:
-Comissão Europeia;
-Parlamento Europeu;
-Conselho de Ministros;
-Conselho Europeu;
-Tribunal de Justiça Europeu.
Outras organizações
internacionais a que Portugal Pertence
1-A Organização das Nações Unidas foi criada em 1945 e, dez
anos mais tarde, Portugal passou a fazer parte desta organização, cujos
principais objetivos são os seguintes:
-Defender os Direitos Humanos;
-Defender a Paz e a Segurança
internacionais;
-Promover a cooperação internacionais
em assuntos económicos, sociais, culturais, educativos e sanitários.
2-Algumas das organizações que integram a ONU:
3-Os países
da CPLP e dos PALOP:
4-A CPLP e
os PALOP têm como objetivos principais:
-A defesa e divulgação da Língua Portuguesa;
-A cooperação económica, cultural e política entre os estados
membros.
5-Países que fazem parte da NATO:
6-A NATO ou
OTAN é uma aliança militar entre governos que foi assinada em 1949. Os seus
principais objetivos são:
-Criar um sistema de defesa que permita aos países
integrantes a proteção mútua contra qualquer ataque militar a um dos países
membros;
-Garantir a participação dos Estados Unidos da América na
defesa militar da Europa.
sexta-feira, 12 de maio de 2017
Resumo: O Império Português do Século XVI
1. O Império Português do século XVI
estendia-se por quatro continentes: Europa (Madeira e Açores), África (Cabo
Verde, feitorias de Arguim e de S. Jorge da Mina), Ásia (feitorias de Goa,
Malaca e Macau) e América (Brasil).
2. A rota do Cabo e as rotas do
Atlântico eram as principais rotas comerciais que ligavam os vários territórios
do império português do século XVI.
a. De África, as naus traziam para
Portugal principalmente ouro, escravos, marfim e malagueta.
b. Da Índia e do Extremo Oriente vinham
especiarias, porcelanas, sedas, pedras preciosas, perfumes e madeiras exóticas.
c. O pau-brasil e o açúcar eram os
principais produtos trazidos do Brasil.
d. Da Madeira chegavam a Portugal o
açúcar, o vinho e a madeira.
e. Dos Açores, transportava-se para
Portugal o gado, as plantas tintureiras e os cereais.
3. Lisboa era a capital do império português
e o maior porto comercial do século XVI, onde chegavam naus com riquezas e
mercadorias vindas de todos os continentes. A sua população aumentou muito,
devido à chegada de milhares de escravos e de portugueses que vinham das zonas
rurais em busca de um emprego e de melhores de condições de vida. Durante o
reinado de D. Manuel I a cidade expandiu-se e surgiram novos espaços:
a. Terreiro do Paço – principal praça de
Lisboa;
b. Paço da Ribeira – nova residência
oficial do rei;
c. Casa da Índia e Casa da Guiné – onde
se guardavam os produtos asiáticos e africanos;
d. Alfândega Nova – onde se cobravam os
impostos sobre os produtos ultramarinos;
e. Rua Nova dos Mercadores;
f.
Ribeira
das Naus – estaleiro naval.
4. Quando foram descobertos, os arquipélagos
atlânticos não eram habitados. Para se iniciar e desenvolver a sua exploração
económica, foram enviados colonos que se dedicaram principalmente à
agricultura, pecuária e pesca. Estes territórios pertenciam ao Infante D.
Henrique, que os dividiu em capitanias e a sua administração foi entregue a um
capitão donatário.
5. A exploração económica do império
português do século XVI variou de território para território:
a. Nos arquipélagos atlânticos da
Madeira, Açores e Cabo Verde e no Brasil foi feita a divisão do território em
capitanias; a agricultura era a principal atividade económica;
b. Na costa africana, foram criadas
feitorias para se efectuarem em segurança as trocas comerciais;
c. Na Ásia (Índia e Oriente), foram
nomeados vice-reis para defenderem os interesses de Portugal nestas regiões
contra a concorrência dos muçulmanos, que ameaçavam o domínio do comércio das
especiarias e dos produtos orientais; dois dos vice-reis mais importantes foram
D. Francisco de Almeida e Afonso de Albuquerque.
6. À
medida que o império foi sendo construído, os portugueses estabeleceram contactos
com povos de diferentes regiões e com culturas e costumes diferentes.
a. Em África e no Brasil encontraram
povos com um modo de vida ainda muito primitivo; milhares de africanos foram
levados para a Europa e para o Brasil como escravos;
b. Na Ásia, os povos com quem os
portugueses contactaram tinham uma civilização muito desenvolvida, efetuando-se
trocas culturais com estes povos.
c. Os contactos desenvolvidos com outros
povos provocaram a alteração dos hábitos alimentares dos portugueses e dos
europeus, passando-se a consumir alimentos que anteriormente não existiam na
Europa: batata, milho, feijão, tomate, café, chá e outros; surgiram novas
palavras no vocabulário português e de outros povos, assim como também na forma
de vestir;
d. A aculturação e a miscigenação foram alguns
dos efeitos mais importantes do encontro de povos e culturas que a expansão
marítima tornou possível.
quarta-feira, 10 de maio de 2017
Resumo: Os órgãos de poder democráticos
1.
A Constituição de 1976 definiu uma nova distribuição do poder pelos
órgãos de poder central, poder regional
e poder local.
a.
Ao poder central cabe tomar decisões
respeitantes a todos os cidadãos do território nacional.
b.
O poder regional toma decisões
que dizem apenas respeito aos cidadãos residentes nas regiões autónomas da
Madeira e dos Açores.
c.
O poder local tem autoridade
para tomar medidas que contribuam para resolver problemas e situações próprias das
freguesias e dos municípios.
2.
Os cidadãos da Madeira e dos Açores elegem de 4 em 4 anos os dois órgãos
de poder regional:
a.
Assembleia Regional – elabora as leis específicas da
região e fiscaliza a ação do Governo Regional;
b.
Governo Regional – administra o território e executa
as leis da região.
O poder local é exercido
nos municípios e nas freguesias (autarquias locais), através de órgãos de poder local eleitos pelos
cidadãos locais (eleições autárquicas)
por um período de 4 anos.
Os órgãos de poder local são os seguintes:
a.
Municípios – Assembleia Municipal e Câmara
Municipal;
b.
Freguesias – Assembleia de Freguesia e Junta
de Freguesia.
3.
O poder central distribui-se pelos seguintes órgãos de soberania:
a.
Presidente da República – é eleito por um período de 5 anos
e representa o Estado português. As principais funções são nomear ou demitir o
Primeiro – Ministro, promulgar as leis e marcar a data das eleições;
b.
Assembleia da República – é constituída pelos deputados
eleitos por um período de 4 anos. Elabora as leis, aprova o orçamento e o
programa do governo e fiscaliza a governação.
c.
Governa – governa o país, aplicando as leis.
É composto pelo Primeiro- Ministro e respetivos ministros e secretários de
estado.
d.
Tribunais – administram a justiça,
fiscalizando o cumprimento da lei e julgando todos os que não a respeitam.
4.
Numa democracia é muito importante a separação
de poderes para impedir que ocorram abusos de poder.
O sufrágio livre e universal é uma das características mais
importantes de um regime democrático porque é através do exercício do direito
de voto que todos os cidadãos (sem
qualquer exceção) podem escolher os seus representantes nos diferentes órgãos
de poder.
5.
O ato eleitoral constitui a
mais importante forma de participação
cívica. Porém, existem outras formas
de participação cívica, entre as quais:
a.
Integrar ou apoiar instituições ou associações públicas;
b.
Participar em manifestações, greves e outros atos públicos;
c.
Respeitar e cumprir normas de civismo e de convivência social;
d.
Empenhar-se na resolução de problemas na comunidade onde se está
integrado.
terça-feira, 9 de maio de 2017
Resumo: Os efeitos da democratização em Portugal
1. A descolonização e a democratização,
iniciadas com o 25 de Abril de 1974, fizeram com que Portugal passasse a ser um
país bem aceite pela comunidade internacional, incluindo a Europa.
2. Portugal passou a fazer parte da
Comunidade Económica Europeia (CEE) em 1986, o que contribuiu para aumentar o
seu prestígio internacional e para desenvolver e modernizar o país.
3. Como membro da CEE, Portugal
beneficiou de apoios financeiros para o seu desenvolvimento e modernização: construíram-se
estradas e auto-estradas, escolas, hospitais e centros de saúde, pavilhões
gimnodesportivos, piscinas públicas, bibliotecas, a electricidade e saneamento
básico chegaram a todo o território nacional, para além de muitos outros
investimentos.
4. A saúde, educação e segurança social
tornaram-se acessíveis a todos os portugueses, contribuindo para uma melhoria
significativa das suas condições de vida.
5. A Constituição de 1976 garante a
igualdade de géneros, ou seja, não pode haver diferenças de tratamento entre
portugueses do sexo masculino e sexo feminino, por exemplo, no acesso à
educação, ao trabalho, à saúde e à proteção social. Atualmente, e de acordo com
a Constituição, homens e mulheres têm os mesmos direitos e deveres.
6. Algumas das principais dificuldades
que os portugueses enfrentam atualmente são o elevado desemprego, a lentidão da
justiça, as desigualdades sociais, o envelhecimento da população, o abandono
escolar, a reduzida participação cívica e a degradação de alguns espaços
urbanos.
terça-feira, 2 de maio de 2017
Resumo: O 25 de Abril de 1974-democratização e descolonização
O Programa do MFA
·
Garantido
o sucesso do golpe, os oficiais do MFA entregaram o poder a uma Junta de Salvação Nacional, presidida
pelo general António de Spínola.
·
O
“Programa do MFA” foi apresentado
aos portugueses na madrugada do dia 26 de Abril, nele constando as principais
medidas a tomar até ser aprovada uma nova Constituição.
·
Dando
cumprimento a este programa, foram de imediato tomadas as seguintes medidas:
o
libertação
dos presos políticos e regresso dos exilados políticos;
o
extinção
da PIDE/DGS;
o
extinção
da Legião e da Mocidade Portuguesa;
o
abolição da Censura;
o
reconhecimento da liberdade de expressão;
o
início das negociações para o fim da Guerra
Colonial;
o
convocação de eleições para a Assembleia
Constituinte.
As eleições de 1975
·
Em
25 de Abril de 1975, realizaram-se eleições para formar uma Assembleia
Constituinte. Ao contrário das eleições no tempo da ditadura, foram “eleições
livres”:
o
participaram
diversos partidos políticos;
o
o
ato eleitoral foi fiscalizado por todos os partidos participantes;
o
todos
os portugueses (homens e mulheres) com mais de 18 anos puderam votar.
A Constituição de 1976
·
A
Constituição de 1976 foi aprovada pela maioria dos deputados e publicada em 2
de Abril de 1976.
·
Alguns
dos direitos e liberdades fundamentais consagrados na Constituição de 1976 são
os seguintes:
o
liberdade
de expressão e de opinião;
o
liberdade
de reunião e de associação;
o
liberdade
sindical;
o
direito
ao trabalho;
o
direito
à educação.
·
Muitos
destes direitos já tinham sido adquiridos na 1ª República e depois retirados
durante os 48 anos da ditadura. Por esta razão, a Constituição de 1976
restabeleceu a democracia em Portugal.
·
O
regime democrático garante a igualdade de todos os cidadãos perante a lei,
tendo os mesmos direitos e deveres e o poder de escolher o governo do país
através do exercício do direito de voto.
A descolonização e o fim do império
português
·
Uma
dos objetivos do “Programa do MFA” era resolver o problema da Guerra Colonial.
Em julho de 1974, o governo português reconheceu o direito à independência das
suas colónias.
·
Como
resultado do processo de negociação, em África, nasceram cinco novos países
independentes: Guiné, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e Angola.
·
A
descolonização dos territórios portugueses em África provocou o regresso em
massa de muitos portugueses (500 000), que tiveram de ultrapassar muitas
dificuldades.
·
Timor-Leste,
em dezembro de 1975, foi invadido e ocupado pela Indonésia. Durante 24 anos, os
timorenses lutaram pela sua autodeterminação. Em 1999, a Indonésia acabou por
reconhecer a independência de Timor, que, em 19 de maio de 2002, tornou-se
oficialmente um país independente.
·
Macau,
a partir de 1999, foi integrado na República Popular da China.
·
Com o fim do império, o território português
passou a ser formado por Portugal Continental, e arquipélagos da Madeira e dos
Açores.
Resumo: As grandes viagens transatlânticas
1.
Foi no reinado de D. Manuel I que Vasco da Gama
chegou à cidade de Calecute, na Índia, em 1498, navegando ao longo do Atlântico
e do Índico, contornando o continente africano. Pela primeira vez,
estabeleceu-se uma ligação marítima entre a Europa e a Ásia, através da
navegação nos oceanos Atlântico e Índico.
2.
A chegada à Índia por via marítima permitiu a
Portugal o domínio do comércio do Oriente com a criação da “Carreira da Índia”.
As naus portuguesas traziam para Lisboa e para a Europa os ricos produtos do
Oriente: especiarias, sedas, porcelanas, perfumes, pedras preciosas, madeiras e
outros.
3.
A descoberta da América por Cristóvão Colombo,
em 1492, originou um desentendimento entre os reis de Castela e de Portugal,
obrigando à intervenção do Papa para se chegar a um acordo sobre as terras a
descobrir. Assim, em 1494, foi assinado o Tratado de Tordesilhas em que o Mundo
ficaria dividido entre Portugal e Castela. A parte ocidental, a 370 léguas de
Cabo Verde, ficaria para Castela e a parte oriental para Portugal, garantindo a
exploração da costa africana, do Oriente e, também, do Brasil, na América do
Sul.
4.
Em 1500, foi descoberto o Brasil por Pedro
Álvares Cabral. Ainda hoje não existe a certeza de que esta descoberta tenha
sido intencional ou por acaso. Alguns historiadores consideram que foi por
acaso, causada por uma tempestade que desviou demasiado as naus para ocidente.
Outros referem que foi uma descoberta intencional. Segundo estes autores, D.
João II já teria conhecimento da existência do Brasil e, por isso, nas
negociações com Castela, insistiu em desviar mais para ocidente a linha do
Tratado de Tordesilhas, garantindo as terras do Brasil.
5.
Fernão de Magalhães, navegador português ao
serviço dos reis de Espanha, em 1519, comandou uma viagem de circum-navegação,
partindo de Sevilha em direção a Ocidente. Descobriu uma passagem que ligava o
Atlântico ao Pacífico, navegou no Índico e chegou a Sevilha em 1522. A viagem
de Fernão de Magalhães provou que a Terra era redonda e que era possível
navegar entre todos os oceanos.
6.
A nau era um navio maior e mais resistente do
que a caravela, pois tinha de estar adaptado ao transporte de pessoas,
mantimentos e mercadorias em longas e demoradas viagens. Tinha velas
quadrangulares e uma triangular. Estava equipada com peças de artilharia para
atacar e defender-se. Além dos frequentes ataques de piratas e dos muçulmanos,
os naufrágios e as doenças eram perigos que os tripulantes das naus receavam
ter enfrentar.
quarta-feira, 26 de abril de 2017
Resumo: O 25 de Abril e o regime democrático (1)
O golpe militar de 25
de Abril de 1974
As razões que levaram à revolução
·
O
governo de Marcelo Caetano (1968-1974) não resolveu os problemas do país.
Assim, as principais razões que levaram
à revolução foram:
o
a
falta de liberdade, a censura e a repressão da polícia política (PIDE/DGS);
o
o
prolongar da Guerra Colonial;
o
as
difíceis condições de vida que provocaram um forte aumento da emigração;
o
a
proibição dos partidos políticos e a inexistência de liberdade de voto.
25 de Abril de 1974: principais
episódios e protagonistas
·
Cansados
de uma guerra que parecia não ter fim, um grupo de jovens militares formou o Movimento das Forças Armadas (MFA) a fim de preparar um golpe militar
para derrubar o governo de Marcelo Caetano.
·
Em
25 de Abril de 1974, o MFA
desencadeou um golpe militar que acabou com a ditadura do Estado Novo e
instaurou um regime democrático.
·
O
aviso para o início das operações foi dado através da rádio. As senhas foram
duas canções: “E depois do adeus”, de Paulo de Carvalho e “Grândola, vila
morena”, de Zeca Afonso.
·
O
Major Otelo Saraiva de Carvalho foi
o principal responsável pela elaboração do plano das operações militares e o Capitão Salgueiro Maia comandou as
tropas que cercaram o Quartel do Carmo, onde se encontrava Marcello Caetano, que, por
volta das 16 horas, aceitou a rendição, marcando o fim do regime do Estado
Novo.
·
Apesar
dos avisos dos militares para que permanecessem em casa, as ruas foram
invadidas pela população de Lisboa que, com grande entusiasmo, manifestou o seu
apoio aos militares.
·
Além
da forte adesão popular, esta
revolução caracterizou-se por ter sido pacífica e de praticamente não terem
ocorrido situações de grande violência. Ficou conhecida pela “Revolução dos Cravos”.
Resumo: Portugal nos séculos XV e XVI (1)
Portugal nos séculos XV
e XVI
O Mundo conhecido no século XV
·
No
início do século XV, o conhecimento que os europeus e os portugueses tinham do
Mundo era muito limitado.
·
Desconhecia-se
a existência da América, da Oceânia e da Antártida. Apenas se conhecia parte do
Oceano Atlântico e do Índico, desconhecendo-se que estes oceanos comunicavam
entre si.
·
Acreditava-se
que a Terra era plana e num conjunto de mitos e lendas sobre a existência de
monstros marinhos e seres fantásticos que habitavam os mares e territórios
desconhecidos. O mito do Mar Tenebroso era um dos mais conhecidos.
Motivações e condições da expansão
portuguesa
·
D.
João I e todos os grupos sociais estavam interessados na expansão pelos
seguintes motivos:
o
Para
o rei era um meio de reforçar a sua
autoridade, prestígio e resolver os problemas económicos de Portugal;
o
Para
o clero era uma forma de expandir o
Cristianismo, convertendo outros povos;
o
Para
a nobreza, constituía uma
possibilidade de conquistar novas terras e obter mais cargos e títulos;
o
Para
a burguesia, a expansão dava a
possibilidade de ter acesso a novos produtos, aumentando os seus lucros com o
comércio;
o
Para
o povo, era uma oportunidade para
melhorar as suas condições de vida.
·
A
expansão marítima portuguesa também beneficiou de um conjunto de condições
favoráveis:
o
geográficas – Portugal tem uma longa costa
marítima e situa-se muito próximo do continente africano;
o
históricas – Os portugueses tinham grande
experiência marítima, pois muitos deles eram pescadores ou marinheiros
habituados à navegação no Atlântico e no Mediterrâneo;
o
políticas – Portugal atravessava um período de
paz e de estabilidade política;
o
técnicas e científicas – os portugueses sabiam utilizar
instrumentos de orientação como o astrolábio e a bússola.
A conquista de Ceuta
·
A
expansão portuguesa iniciou-se em 1415
com a conquista de Ceuta, no norte de África.
·
Foram
vários os motivos que levaram os portugueses à conquista de Ceuta:
o
a
sua localização geográfica, junto ao Estreito de Gibraltar, permitia controlar
a navegação entre o Atlântico e o Mediterrâneo;
o
a
existência de extensos campos de cereais em redor da cidade;
o
a
Ceuta chegavam rotas comerciais com produtos do Oriente (sedas e especiarias) e
do interior africano (ouro);
·
A
conquista de Ceuta foi um sucesso militar, mas, rapidamente, tornou-se num
fracasso económico:
o
os
campos de cereais foram destruídos;
o
as
rotas comerciais foram desviadas pelos muçulmanos;
o
a
cidade passou a ser constantemente atacada pelos muçulmanos, o que tornou a sua
defesa muito difícil e dispendiosa.
A expansão portuguesa no século XV
·
Devido
ao fracasso económico da conquista de Ceuta, os portugueses deram um novo rumo
à expansão: as descobertas marítimas.
O Infante D. Henrique foi o grande
impulsionador e quem teve a responsabilidade da organização das viagens
marítimas.
·
As
primeiras descobertas ocorreram no Oceano Atlântico. Em 1419, João Gonçalves
Zarco e Tristão Vaz Teixeira chegam à Madeira e, em 1427, Diogo de Silves
descobre as primeiras ilhas dos Açores.
·
A
passagem do Cabo Bojador por Gil
Eanes, em 1434, foi muito importante, porque permitiu acabar com o mito do Mar
Tenebroso e abriu caminho para a exploração da costa ocidental africana ao
longo do Atlântico.
·
Em
1481, D. João II subiu ao trono e
definiu um objetivo principal para a expansão marítima portuguesa: chegar à
Índia por via marítima, contornando o continente africano. Para tal, tomou as
seguintes medidas:
o
envio
de exploradores através do continente africano (Afonso de Paiva e Pêro da
Covilhã) com o objetivo de confirmar a localização da Índia e do Oceano Índico;
o
continuar
as viagens marítimas para sul, explorando a costa ocidental africana.
·
Em
1488, Bartolomeu Dias conseguiu
passar o Cabo das Tormentas, que passou a chamar-se Cabo da Boa Esperança por passar a haver a possibilidade de chegar
à Índia por mar. Além disso, provou-se que existia ligação entre os oceanos
Atlântico e Índico.
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